Passio
E durou a minha paixão
o dobro dos passos
do que dias devassos
a minha criação.
E veio a mim Verónica
a limpar-me o rosto.
E logo o estertor.
Mais não diz a crónica.
Senão que ao sol posto
me vieram depor.
Onde os outros passos?
Ai! Que já nem sei!
São efémeros traços
que já apaguei.
De Verónica o sorriso,
do retrato a mortalha.
E o resto inciso
no reverso da medalha.
Tão só a piedade
de um afago breve,
Entre o rito da vaidade
e um ai que me leve.
demorei os passos por cá mastigando bem as palavras... :)
ResponderEliminarGosto do que escreve nos seus múltiplos sentidos/sentires.
Abraço, amigo!
Obrigado, TB, (:))), pela vista. São só umas tolices...
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