quarta-feira, 13 de junho de 2012

O lugar da vida é lugar de morte,
um canteiro encostado junto ao muro
que cerca o talhão que te coube em sorte
Quando te despejaram no escuro.

Vieste inebriado de futuro,
não há já lugar que te conforte.
rompe a onda o caixão do nascituro,
vai velado pela estrela do Norte.

A terra é macia e o mar é duro
e a onda é do vento o contraforte.
Breve a vida é e longa a morte
e tu és o caixão do nascituro.

Num canteiro encostado junto ao muro,
jaz o passado encostado ao futuro.

5 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. No espaço breve de uma vida, morte e ressurreição, presente, passado e futuro são uma amálgama. No instante do raio de luz, a sua fonte e o ponto onde se perde são om mesmo lugar, de onde os passos do itinerário só são visíveis ''a posteriori''. Na sua relatividade.
    Mas diz-me quem és, inesperado raios de luz.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Ah!!! A vida por um fio numa passadeira! A vida por um fio, sempre! Sim, pássaro de luz. Tu também estavas, quando Lázaro irrompeu das trevas do seu sarcófago.

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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